GEO ou AIO? Especialista em SEO esmiuça futuro das buscas

Dizem por aí (principalmente no Linkedin) que o SEO morreu. Bobagem! Mas é fato que o mercado de buscas online está mudando. Eis alguns dados que comprovam isso:

  • O ChatGPT alcançou 1 bilhão de buscas diárias, chegando a esse marco 5,5 vezes mais rápido que o Google (Snaq, 2025);
  • Instagram é hoje o segundo maior mecanismo de buscas, com 6,5 bilhões de buscas diárias (Snaq, 2025);
  • Geração Z troca Google por buscas no TikTok (YPulse e Axios, 2024);
  • Pesquisa por voz alcançou o menor percentual já registrado (State of Search, 2023).

Ou seja, Voice Search deixou de ser a sensação enquanto neste ano as pesquisas por IA se tornaram a sensação. E apesar da liderança do Google, redes sociais como Instagram e TikTok mordem uma boa fatia do mercado de buscas.

Você esperava por todas essas mudanças? Eu não! E é por isso que precisamos discutir o assunto: nos manter atualizados e de olho no que vem por aí. Afinal de contas é GEO ou AIO? Quero explicar essas diferenças também, então sigam-me os bons!


Chatbots como nova página inicial da internet

Se, por duas décadas, o Google foi a principal porta de entrada para a web, hoje chatbots de IA começam a assumir esse papel. Plataformas como ChatGPT, Claude e Perplexity funcionam não como simples buscadores, mas como curadores ativos, filtrando e sintetizando conteúdos para o usuário.

Esse modelo altera radicalmente a lógica da visibilidade digital: em vez de disputar posições em uma SERP com dez links, marcas agora disputam espaço em respostas conversacionais, muitas vezes únicas. Isso aumenta o peso de estar presente em fontes confiáveis, já que modelos de IA tendem a priorizar veículos jornalísticos e especialistas reconhecidos. Duvida?

Um estudo recente da NP Digital (2025), que analisou mais de 500 mil respostas do ChatGPT, mostrou que as fontes mais citadas pela IA são Wikipedia (20%), blogs (19%) e portais de notícia (17%). Para PR, essa mudança amplia a relevância da construção de credibilidade editorial como alavanca de descoberta.


GEO ou AIO?

O mercado ainda não se decidiu sobre a terminologia para se referir às pesquisas feitas em LLMs. A propósito, também já vi o termo “LLMO” sendo utilizado. O Diego Ivo, por exemplo, usa “GEO” (Otimização para Mecanismos Generativos):

Steve Toth também:

Por outro lado, Leigh Daniels e Josh Rosenberg usam “AIO” (Otimização para Inteligência Artificial):

E também já se nota o termo “AIO” sendo utilizado para “AI Overview” (ou “Visão Geral de IA” em português) quando se quer falar sobre a Featured Snippet do Google que mostra a resposta da inteligência artificial, como fizeram Glen Gabe e Kevin Indig.

Assim como, é verdade que “GEO” vem sendo mais utilizado. De acordo com o Semrush, o termo possui aproximadamente 650 mil buscas mensais, enquanto “AIO” tem 220 mil.

Então, chega! Vou bater o martelo de uma vez por todas: “GEO” é o termo que deve ser empregado para a técnica de Otimização para Respostas de IA. — Isso é uma piada, ok? Quem sou eu para bater martelo de qualquer coisa?

Por fim, quero emitir um alerta: como isso tudo é muito novo, o ChatGPT não sabe o que é GEO. A máquina pode achar que o “G” significa “Geographic” (de “geográfico”) e isso já tem nome: SEO Local. Então quando for usar o termo em algum prompt, utilize o trecho abaixo para explicar o que é Generative Engine Optimization (definição criada por Christina Adame):

“GEO significa “Generative Engine Optimization” (Otimização Generativa de Mecanismos), que significa o processo de otimizar o conteúdo do seu site para aumentar sua visibilidade em mecanismos de busca baseados em IA, como ChatGPT, Perplexity, Gemini, Copilot e Google AI Overviews.”

Pronto? Dúvida sanada? Agora podemos continuar com o conteúdo.


Big Data, IA generativa e o impacto no SEO

Os algoritmos de busca se tornaram ecossistemas de aprendizado contínuo, alimentados por big data e ajustados por IA. Isso gera três impactos diretos:

  1. Busca personalizada: resultados são moldados pelo histórico, localização e perfil de cada usuário. O desafio para SEO e PR é garantir que a marca seja percebida como confiável em múltiplos contextos, não apenas em termos genéricos.
  2. Conteúdo sintético: a IA pode gerar resumos, análises e recomendações sem exibir a fonte original. Isso reduz o tráfego orgânico para sites, mas aumenta a importância de ser citado como referência.
  3. Autoridade distribuída: em vez de poucas grandes fontes, a IA pode combinar informações de múltiplos lugares. Nesse cenário, PR deve ampliar a presença da marca em diversos canais confiáveis para multiplicar pontos de contato.


O desafio da desinformação: PR e a curadoria de fontes

Com a ascensão da IA generativa, cresce também o risco da desinformação. Modelos treinados em bases amplas podem reproduzir erros, enviesamentos ou narrativas falsas.

Nesse ambiente, PR tem papel estratégico não apenas para promover marcas, mas para garantir que informações corretas e verificadas estejam disponíveis e acessíveis.

Marcas que investem em transparência, publicam dados auditáveis e fortalecem relações com veículos de credibilidade têm maior chance de se tornarem fontes prioritárias para mecanismos de IA. Assim, PR assume a função de curadoria e proteção de reputação em escala digital.


Como medir resultados: métricas de SEO + métricas de reputação

O novo ecossistema de buscas exige uma evolução também nas métricas. Não basta acompanhar apenas rankings de palavras-chave ou volume de tráfego. É preciso adotar uma visão integrada:

  • Métricas de SEO: posições em SERP, cliques orgânicos, tempo de permanência, Core Web Vitals.
  • Métricas de reputação: menções positivas vs. negativas, autoridade de domínio dos veículos que citam a marca, share of voice em veículos de prestígio.
  • Métricas emergentes: presença em respostas de IA, citações em painéis de conhecimento, evolução de avaliações locais (Google Maps, TripAdvisor etc.).

O futuro das métricas combina visibilidade técnica + legitimidade reputacional, reforçando que SEO e PR não podem mais ser medidos em silos.


Prepare-se para o Futuro das Buscas

Conceitos como “GEO” e “AIO” refletem essa nova era, em que a presença da marca não se limita a posições em uma lista, mas à autoridade e confiabilidade que ela constrói em múltiplos canais e fontes.

Nesse contexto, a integração entre SEO e PR se torna essencial para garantir visibilidade e credibilidade diante de um usuário cada vez mais exigente e uma tecnologia que privilegia fontes confiáveis. Adaptar-se a essas mudanças, monitorar métricas que vão além do tráfego e investir em conteúdos transparentes e auditáveis são passos imprescindíveis para não apenas sobreviver, mas prosperar nesse novo ambiente.

Em resumo: o futuro das buscas é híbrido, dinâmico e colaborativo. E só estará ao alcance de quem souber unir técnica e reputação para ser relevante na era da inteligência artificial.

GERMANO FERREIRA
Growth Marketing  AND, ALL – Reputação e influência.


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